Eleições pelo mundo: quantos e quais países já foram às urnas em 2024?
É por meio do voto que a população reivindica demandas e consolida escolhas capazes de mudar um bairro, um município ou um país. Em 2024, até o dia 15 de julho, pelo menos 47 países ao redor do mundo já foram às urnas. Entre eles, estão algumas das maiores nações mundiais, como Índia, Paquistão e México, além da União Europeia, que é formada por 27 países e que escolheu representantes para o Parlamento Europeu. Até o fim do ano, serão, pelo menos, 66 países.
A realização de eleições periódicas fortalece os valores democráticos. No Brasil, as eleições municipais ocorrem nos dias 6 (1º turno) e 27 de outubro (2º turno). A segunda reportagem da série sobre as eleições no mundo em 2024, produzida pela Secretaria de Comunicação e Multimídia (Secom) do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), aborda os diferentes modelos de pleitos já realizados ao redor do planeta.
Ásia, América e Europa
Dos 2 bilhões de eleitoras e eleitores que já foram ou ainda devem ir às urnas em 2024, quase metade está concentrada na Índia: o país realiza a maior eleição do planeta, com 970 milhões de indianos aptos a votar. Eles elegeram, entre abril e junho, 543 legisladores para o Congresso do país, chamado de Lok Sabha. O primeiro-ministro, Narendra Modi, foi reeleito para o terceiro mandato.
No México, 88 milhões de eleitoras e eleitores foram chamados às urnas, em junho, para votar. Em disputa, estavam os cargos de vereador, governador e presidente da República, o qual será ocupado, pela primeira vez, por uma mulher: Claudia Sheinbaum.
No Reino Unido, a renovação das 650 cadeiras da Câmara dos Comuns, na primeira semana de julho, fez de Keir Starmer o novo primeiro-ministro britânico.
Quase que ao mesmo tempo, em 30 de junho e em 7 de julho, os franceses também foram às urnas em eleições antecipadas, convocadas pelo presidente Emmanuel Macron, para escolher, em dois turnos, os 577 novos representantes do Parlamento.
Um Parlamento, 27 eleições
Os 27 países da União Europeia realizaram eleições parlamentares de 6 a 9 de junho. Ao longo de três dias, cada um deles fez o próprio pleito, respeitando as regulamentações estabelecidas pelos parlamentos locais. Isso significa que, na prática, ocorreram 27 eleições.
Ao todo, foram eleitos 720 eurodeputados – um crescimento de 15 cadeiras em comparação às eleições anteriores. Estima-se que 373 milhões de pessoas estiveram aptas a votar.
Modelos de votação variam
Assim como na União Europeia, cada eleição ao redor do mundo tem um sistema eleitoral de votação próprio. Na Índia, por exemplo, os pleitos ocorrem ao longo de 49 dias, ou seja, cada um dos 29 estados e dos sete territórios vota em diferentes momentos.
Os eleitores indianos votam em símbolos que representam os partidos, substituindo os números. Há opções como a figura de um papagaio, um pente, uma manga ou uma flor de lótus. Por lá, os votos também são registrados em 1,8 milhão de urnas eletrônicas, que são diferentes das utilizadas no Brasil.
No Reino Unido, os mandatos têm duração de, no máximo, quatro anos, mas a eleição pode ocorrer a qualquer momento. Basta que o primeiro-ministro peça demissão. O poder de dissolver o Parlamento, no entanto, pertence oficialmente ao chefe de Estado, que é, nesse caso, o Rei Charles III. Outra peculiaridade: a posse do primeiro-ministro ocorre imediatamente após a divulgação do resultado do pleito.
Embora o modelo dos sistemas de votação varie conforme a realidade de cada país, as eleições dão voz às cidadãs e aos cidadãos, independentemente de gênero, raça ou classe social, e, assim como no Brasil, consolidam o processo democrático em diferentes nações ao redor do mundo.
FONTE: TSE
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